sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Adoro escrever. Sinto a escrita como um sentido. Uma forma de se viver.
É maravilhoso, em letras, palavras, frases, tentar transportar sentimentos.
É maravilhoso haver algo que fica para sempre. Acho que foi por isso que me tatuei.
De forma a ter escrito, para toda a Vida, em mim, uma verdade absoluta. E não
há melhor forma de ser absoluta, do que ser intemporal.
Ainda assim, apesar desta paixão toda por palavras, por escrever, falta-me algo
que procuro à tanto tempo : Conseguir escrever sobre ti e sobre o meu amor por ti.
Tento. Chego a sentar-me e a escrever. Fecho os olhos e sinto o batimento do coração.
Penso em ti. Imagino cada momento. E não consigo. Não consigo escrever(-te), assim como
não consigo explicar o porquê dessa impotência. Sinto o maior Amor por ti. Sinto tanto que as palavras que existem não chegam, não me servem, e eu, não as sei inventar, porque estou sempre a pensar em ti. Apesar de seres criatividade e inspiração, ocupas demasiado o meu coração, a minha cabeça, para que ele se desvie à procura de palavras no teu corpo. Quando o teu corpo não são palavras, são sentidos e esses sentidos não se reproduzem. Não consigo escrever sobre ti nem sobre este amor. Nem sobre cada momento e sobre a maravilha de estar contigo, de namorar contigo, de (con)viver contigo, de te ter sempre perto, porque é impossível. É único. Aquilo que vivo, que sinto, que tenho é meu. É meu e não se materializa. Depois de viver um momento contigo e depois viver o momento seguinte, a diferença é gigante. O primeiro momento foi único e especial e o segundo será único e especial também. No entanto, serão diferentes. E depois do primeiro passar, não é possível escrever, desenhar, pintar sobre ele. Já passou e desfez-se pelo ar, ficando para sempre, em quem o quiser respirar, mas nunca num papel. Numa tela. Numa pedra. Porque o Amor e os momentos são sentidos de forma intensa por quem os sente e vive. Por mais que escreva sobre ti e sobre este Amor. Nunca será suficiente. Porque o momento já passou e eu estou inteiramente cheia e pronta para o momento que aí vem.
Repara, acabei de falar contigo ao telemóvel. Cinco minutos. Sorrisos, gargalhadas, brincadeiras. Após desligar o telemóvel liguei o computador, acedi ao blog, escrevi. E cada palavra está tão longe da felicidade que o meu coração sente por te ter. Por te ouvir.
Talvez se eu escrevesse e os outros lessem sobre este amor, fossem mais felizes. Mas por muito que tente, não é possível. O meu coração está cheio e absorve cada pedaço de felicidade, vive e vibra contigo, mas escrever sobre isso, nunca será suficiente.
Não és palavras. És Vida. E por isso, te vivo e te sinto. Mas sobre ti não escrevo. Ou se escrever, será sempre tão pouco. Porque no teu corpo não encontro palavras, nem no teu coração, nem no teu sorriso ou olhar. Encontro felicidade. A minha.

1 comentário:

  1. Foram as mais bonitas palavras que já algum dia escreveste :"

    JURO...nao tenho palavras, para tao grande amor que acabaste de me presenciar nestas palavras...



    Quero ficar contigo para sempre <3

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