quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Amor,

"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estou a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar"

Fernando Pessoa


Digo-te sem te dizer : amo-te.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

14 de Fevereiro de 2010

Confesso que hoje não tenho mais vontade de estar contigo do que nos outros dias.
Mas posso garantir-te que é uma vontade que cresce todos os dias. Não se apaga.
Assim como a vontade de fazer amor contigo. Ou de te dizer baixinho ao ouvido
as mais bonitas palavras de Amor.
Hoje no calendário é o dia dos namorados e por todo o lado há corações,
flores e prendas. Em qualquer loja, em qualquer supermercado.
Para mim, é bem mais que isso. Bem mais que um dia no calendário. O que eu tento é precisamente com que esse dia se estenda pelo ano inteiro e que em qualquer dia reine no ar e
no pensamento e coração, no Mundo, o espirito deste dia, que no meu pensamento e coração
haja sempre a tua bonita presença-
Não te amo hoje mais do que em qualquer dia por ser o dia dos namorados mas por ser mais
um dia em que te amo e ai o meu amor por ti cresce.

Eu queria tentar escrever a importância deste dia na minha Vida, mas não tem qualquer importância especial quando todos os dias são importantes por te ter.


Ainda assim, que este dia, mesmo a km de distância de ti, seja vivido cheio de amor,
numa certeza unica de que deste lado alguém está perdidamente apaixonada por ti.



Eu amo-te tanto, independentemente do dia.





Tchim tchim *

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Olhos de águia.

"Dá-me a tua mão, mesmo que seja a esquerda,
Tanto faz, se for tua.
Se segurar a tua mão, não há receio de fugir.
Se segurares a minha, não há receio de perder-me.
Dá-me a tua mão, ainda que seja a esquerda"

Rámon Coé, S.J